O País convive com aumento do número de casos provocados pela KPC. A superbactéria é resistente a maior parte dos antibióticos usados no Brasil, e contaminou 246 pacientes em nosso país desde 2009. O maior número de casos está concentrado em Brasília, onde 154 pacientes foram infectados pela superbactéria KPC.
SUPERBACTÉRIA KPC |
O que é bactéria KPC?
A bactéria KPC (Klebsiella pneumoniae Carbapenemase) é um microorganismo que foi modificado geneticamente no ambiente hospitalar e que é resistente aos antibióticos. Os primeiros casos do microorganismo foram detectados em pacientes internados em UTI, nos Estados Unidos. No Brasil, já foram identificados 135 casos suspeitos e confirmados em hospitais do Distrito Federal, até a data presente.
A bactéria KPC, a“superbactéria”, foi identificada pela primeira vez nos Estados Unidos no ano 2000, depois de ter sofrido uma mutação genética, gerando uma resistência a vários antibióticos (carbapenêmicos, especialmente) e a grande capacidade de tornar resistentes outras bactérias.
- A bactéria KPC pode ser encontrada:
na água, em fezes, no solo, em vegetais, cereais e frutas.
- O contágio ocorre em ambiente hospitalar, pelo contato com secreções do paciente infectado, desde que não sejam respeitadas normas básicas de desinfecção e higiene.
O QUE A KPC PODE CAUSAR?
A KPC pode causar pneumonia, infecções sanguíneas, no trato urinário, em feridas cirúrgicas, enfermidades que podem evoluir para um quadro de infecção generalizada, muitas vezes, mortal.
QUEM SOFRE MAIORES RISCOS?
Crianças, idosos, pessoas debilitadas, com doenças crônicas e imunidade baixa ou submetidas a longos períodos de internação hospitalar (dentro ou fora da UTI) correm risco maior de contrair esse tipo de infecção. A resistência aos antibióticos não é um fenômeno novo nem específico da espécie Klebsiella. Porém, esses germes multirresistentes não conseguem propagar-se fora do ambiente hospitalar.
Os sintomas são os mesmos de qualquer outra infecção: febre, prostração, dores no corpo, especialmente na bexiga, quando a infecção atinge o trato urinário, e tosse nos episódios de pneumonia.
No geral, os sintomas da bactéria KPC são como o de outras infecções, tais como febre, dores na bexiga (infecção urinária), tosse (infecção respiratória). A população não deve se preocupar, uma vez que a infecção por enquanto corre apenas dentro dos hospitais, e acontece basicamente por contato com secreção ou excreção de pacientes infectados.
COMO PREVENIR?
Lavar bem as mãos deve ser a principal forma de prevenção. Uma higienização completa das mãos, inclusive entre os dedos, e também o uso do álcool para desinfecção, também é altamente recomendado. Cuidado com o uso indiscriminado de antibióticos, que pode fazer efeito contrário e desenvolver resistência orgânica aos medicamentos.
Outras formas de prevenção contra a propagação das bactérias incluem o uso sistemático de aventais de mangas compridas, luvas e máscaras descartáveis, sempre que houver contato direto com os pacientes, a desinfecção rotineira dos equipamentos hospitalares e a esterilização dos instrumentos médico-cirúrgicos.
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