O Papilomavírus humano (HPV) é um vírus que tem a capacidade de causar lesões na pele e na mucosa, o principal fator de risco do desenvolvimento de câncer do colo uterino. Pode ocasionar lesões que, se não tratadas, têm potencial de progressão para o câncer, responsável por 99% dos casos de câncer do colo uterino.
Já foram descritos na literatura mais de 200 tipos de HPV (NOVAES et al, 2002; e SILVA, R. 2006). Cerca de 100 tipos de HPV foram identificados. Aproximadamente, 20 desses estão associados ao câncer do colo útero. Pelo menos 90% dos casos contem HPV-DNA tipos 16 e 18, considerados de alto risco.
Na maioria dos casos, o contágio ocorre através do contato sexual e com o risco estimado de 60 a 80% em adquirir o HPV através de um único contato sexual (TEIXEIRA, 2000; NOVAES & BARBOSA, 2002; DIÓGENES et al, 2006).
A transmissão também pode ocorrer por objetos contaminados (objetos de uso pessoal, aparelhos médicos, objetos sexuais, dentre outros). Já a contaminação materno-fetal se dá por meio do líquido amniótico ou durante o trabalho de parto. Ainda a lesão na cavidade oral pode se originar de uma relação sexual oral ou contaminação salivar (CARVALHO, 2002; CASTRO et al 2004; DIÓGENES et al, 2006).
De acordo com a federação brasileira de ginecologia e obstetrícia cerca de 10 a 20% das mulheres sexualmente ativas apresentam infecção pelo HPV e menos de 1% daquelas que são portadoras dos tipos ontogênicos irá desenvolver câncer no colo do útero.
Os fatores que favorecem a persistência da infecção são:
1. Tabagismo, devido ao poder de transformar o tecido infectado pelo HPV, que mais é susceptível à mutação e diminuir células responsáveis pela resposta imunológica da pele.
2. Uso de contraceptivos orais. Provavelmente porque fatores hormonais influenciam o desenvolvimento do HPV;
3. Estado imunológico deficiente por carência nutricional;
4. Gestação, pela exposição do colo uterino.
5.Início precoce da vida sexual ativa
6. Antecedente de múltiplos parceiros sexuais aparecem como os dois principais fatores de risco em vários estudos epidemiológicos.
COMO PREVENIR E DETECTAR PRECOCEMENTE?
A prevenção de doença consiste, através da literatura do no uso de preservativo, por diminuir a possibilidade de transmissão na relação sexual (apesar de não evitar totalmente); na vacinação, já se encontrando em uso em clínicas particulares. Duas vacinas profiláticas e terapêuticas contra os tipos 6, 11, 16 e 18 (Merck) e 16 e 18 (Glaxo) foram desenvolvidas.
No Brasil, o Ministério da Saúde recomenda que todas as mulheres sexualmente ativas realizem o exame preventivo (PCCU), anualmente, a partir de 25 anos de idade e repitam o exame a cada três anos, após dois resultados consecutivos negativos (LAPIN; DERCHAIN e TAMBASCIA, 2000).
O Exame de PCCU (preventivo/Papanicolau) é realizado ns as unidades básicas de saúde e em laboratório particulares e clínicas ginecológicas particulares.
Colo do uterino COM LESÕES visualizado por colposcopia |
Localização do colo do útero: fundo do canal vaginal, entrada do útero. |
Realizei biopsia hoje do colo do útero.. em meu exame do papanicolau conclui-se que: células escamosas atípicas, não é possível excluir lesão de alto grau. Qual procedimento cirúrgico vai ser tomado?
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